Depois de muito tempo,estou de volta e posso dizer que renovada...
Claro que durante esse tempo distante do blog não mudou em nada minha admiração e carinho pelo nosso poeta,que tive a oportunidade de encontrar algumas vezes no ano que passou...
Só peço desculpas por não ter passado por aqui,em momento algum tive a intenção de ignorar a maravilhosa companhia de vocês ou de deixar de divulgar a linda carreira de Jorge...mas precisava sentir a necessidade verdadeira de postar algo...
Em tempos da rapidez e toda tecnologia, fica até chato divulgar sempre a mesma coisa e nos mesmos meios: blogs,orkut,facebook,twiter...
Comecei a perceber até certa banalização de infomações...enfim,com o tempo volto a falar mais sobre a impressão que tive durante esse tempo...
Então,espero termos muito para aproveitar!!!
Obrigada!!!
Ione
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Para relembrar a definição feita por Mautner e já postada aqui...
Assim é Jorge Vercillo
Olha só! Jorge Vercillo e suas músicas, sua interpretação: ele forma uma paisagem que tem, simultaneamente, primeiro, uma passagem coerente, contínua, de diamantes, de cristais, um campo cool total; e aí, eis que a voz dele, a interpretação dele, vem como uma lava quente por entre tudo isso, o tempo todo como um Amazonas vulcânico.
Agora, ao mesmo tempo, tem vários espaços, espaços, em várias dimensões, estilhaçadas, fragmentadas e, ao mesmo tempo, isso tudo unido por elipses, elipses, elipses...
Então, é ao mesmo tempo Jean Arthur Rimbaud nas iluminações, Guimarães Rosa o tempo todo, "L´Anne Dernier a Marienbad" de Resnais e mais um mistério fulminante, porque, no meio da música, você vê aparições súbitas, espelhadas em outras aparições, que, de repente desaparecem e voltam ressuscitadas em outra forma, outro conteúdo.
E tudo é unido de novo por aquela paixão vulcânica que vai além do cool, além da quarta dimensão, pra quinta dimensão, e é sempre novo esse universo, sempre, sempre declarando uma surpresa, o inesperado e é o inesperado da beleza, mas, acima da beleza, a emoção... a emoção vulcânica.
A paixão pulsa!
Pulsante, ondulante, de ternura, de carinho, de infinito...
Assim é Jorge Vercillo!
